“Precisamos trabalhar, mas não conseguimos encontrar emprego”, diz jovem francês
À medida que a pandemia de coronavírus entra em seu 2º ano, organizações humanitárias na Europa alertam para um aumento preocupante da insegurança alimentar entre os jovens depois da adoção de duras medidas restritivas.
Uma parcela crescente da população está enfrentando fome e tensões financeiras e psicológicas cada vez maiores.
Na França, segunda maior economia do continente europeu, metade dos jovens adultos agora tem acesso limitado ou incerto aos alimentos.
As medidas restritivas adotadas na França têm destruído postos de trabalho em restaurantes, no turismo e em outros setores que antes eram facilmente acessíveis aos jovens.
Cerca de 66% destes jovens perderam o emprego que os ajudava a pagar as despesas, de acordo com o Observatório Nacional da Vida Estudantil.
Por isso, quase 25% dos jovens franceses estão rotineiramente pulando pelo menos uma refeição por dia, de acordo com o Le Cercle des Économistes, think tank econômico francês que aconselha o governo.
Alunos de graduação e pós-graduação já fizeram manifestações em cidades de toda a França, onde o ensino superior é visto como um direito e é financiado pelo Estado.
O presidente Emmanuel Macron reconheceu a crise crescente, anunciando um plano de socorro rápido, incluindo refeições a 1 euro diariamente em lanchonetes universitárias, apoio psicológico e uma revisão da ajuda financeira para aqueles que enfrentam um “declínio duradouro e notável na renda familiar”.