Jovens são obrigadas a cavar a própria cova antes de serem executadas

As garotas, de 16 e 17 anos, teriam sido vítimas de uma guerra entre facções criminosas

Duas adolescentes foram barbaramente espancadas e depois forçadas a cavarem a própria sepultura por integrantes de uma facção criminosa. As jovens, de 16 e 17 anos, foram raptadas em Teresina, no Piauí, e levadas pelos executores para outra cidade, Timon, distante 13 quilômetros, já no estado do Maranhão. A morte das duas garotas teria sido motivada por uma guerra entre facções rivais que atuam nos dois estados.

As duas jovens foram vistas pela última vez na tarde do sábado (20), quando provavelmente foram sequestradas e levadas para o estado vizinho. Segundo relato de familiares, elas saíram da casa de uma delas por volta das 15h e não voltaram mais. Uma terceira jovem estaria com elas.

No domingo pela manhã, o pai de uma das adolescentes, procurou a Central de Flagrantes de Timon e registrou um Boletim de Ocorrência por desaparecimento. Horas depois recebeu a informação de que a filha tinha sido vista em Timon e que estaria morta.

Simultaneamente, a polícia foi comunicada que um corpo havia sido encontrado em uma cova no Parque Aliança. Policiais militares, bombeiros, policiais civis e guardas municipais foram para o local e descobriram os dois corpos. Em seguida, o local foi periciado.

O crime

Depois de agredidas brutalmente, as duas foram mortas e enterradas juntas, na mesma cova, em uma área localizada no Parque Aliança. Numa provável demonstração de força, os próprios assassinos das jovens fizeram circular um vídeo nas redes sociais que mostra as duas jovens cavando uma cova rasa, enquanto são interrogadas por um homem e uma mulher.

Também foram divulgadas fotos em que as duas, com as mãos e o rosto ensanguentados, fazem o símbolo da facção dos seus assassinos, e outra em que já aparecem mortas dentro da cova.

Investigação

O titular da Delegacia de Homicídios de Timon, Joelson Carvalho, disse que as mortes têm características de vinganças praticadas por grupos criminosos: “É típica de ‘tribunais do crime’ a maneira com que essas jovens foram assassinadas. Mas nas investigações nós percebemos que elas não tinham ligação com facções, possivelmente elas se envolveram com alguém que teria ligação e isso gerou essa barbárie”, contou o delegado.

Nenhum suspeito foi preso ou identificado, até o momento.

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