Pais dizem que a produção tem linguagem neutra, trata Noé como lunático e foge da narrativa bíblica
Estreou no dia 7 de novembro nos cinemas brasileiros o filme Arca de Noé, uma coprodução da Globo Filmes que é baseada na obra de Vinicius de Moraes. Por ter o título de uma das histórias bíblicas mais famosas do mundo, a obra atraiu algumas famílias cristãs que acabaram se decepcionando com o que viram.
A animação conta a história de dois ratos Tom (Marcelo Adnet) e Vini (Rodrigo Santoro) que são amigos inseparáveis e sonham em se tornar artistas reconhecidos. Mas, diante do anúncio de um grande dilúvio, eles vão precisar se separar, pois na arca só pode entrar um animal macho e uma fêmea de cada espécie.
Tom, que é um guitarrista talentoso, consegue entrar, mas Vini, seu amigo poeta, ficará de fora da arca e toda essa jornada é contada mostrando outros personagens com muita aventura e música.
Os pais cristãos que foram aos cinemas voltaram criticando alguns pontos do filme que não são bíblicos, nem refletem valores cristãos. A terapeuta e escritora Renata de Oliva listou alguns pontos do filme que ela reprovou.
Um deles é a forma como Noé é tratado como uma pessoa lunática. Além disso, o grande personagem bíblico ainda usa vestes de mago e tem uma conversa com Deus com palavras reprováveis. Outro ponto, uma criança se revolta com Deus por não incluir as famílias LGBTQ+ na arca e um personagem usa linguagem neutra.
A escritora e palestrante Tatiane Joslin gravou um vídeo sobre o filme, dizendo que foi ao cinema por conhecer o livro de Vinicius de Moraes, mas não gostou da adaptação feita. Ela pede aos pais que leiam sobre os filmes antes de levarem seus filhos ao cinema, pois ela também reprovou algumas cenas.
O professor de Filosofia André Costa também gravou um vídeo sobre a experiência dele no cinema, dizendo até que não ficou muito tempo na sala, pois viu que o filme foge do que ele acredita.