Não é segredo para ninguém o que representam as eleições para Prefeituras e Câmaras Municipais. É a consolidação da base eleitoral para eleições majoritárias que chegam em 2026. Ainda não temos o levantamento do alcance das principais metas da direita nas eleições de hoje, mas uma certeza já temos: a representatividade da direita ganhou novos e importantes contornos.
Numa primeira análise, para termos essa certeza, basta conferir como foram escorraçados da vida pública eletiva, vários esquerdistas, sejam os de plantão e oportunistas, sejam aqueles da extrema esquerda. Um fiasco nas urnas! Podemos simbolizar esta realidade com a perda, depois de 24 anos, da gestão de esquerda na cidade de Araraquara, o sexto lugar amargado pelo petista Rogério Correia em Belo Horizonte, e até o genro do presidente brasileiro, o ex-presidiário Lula, que obteve apenas 781 votos (que tem em torno de 25.000 eleitores) na cidade de Barra dos Coqueiros em Sergipe.
A direita brasileira respondeu à altura dos acontecimentos políticos dos últimos cinco anos, inclusive, na alçada jurídica. Dos onze prefeitos de capitais eleitos no primeiro turno, quatro deles são da direita e os demais se dividem entre o centrão e a esquerda. Apenas um deles não é um dos reeleitos, e tem em sua vitória um marcante significado; Sílvio Mendes do União de Sergipe, derrotou o presidente da república, o petista descondenado Lula, o governador do PT Rafael Fonteles e o ministro petista Wellington Dias, que apoiaram o derrotado petista, Fábio Novo.