Frota acusa ex-assessor de Moraes de vazar mensagens. Saiba quem!

Ex-deputado ainda negou ter denunciado Davi Sacer para equipe do ministro

Após seu nome ser mencionado nas mensagens vazadas do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, o ex-deputado federal Alexandre Frota afirmou saber quem entregou o conteúdo para a imprensa. De acordo com ele, trata-se do ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro, que foi demitido da Corte durante a gestão de Moraes devido a uma denúncia de violência doméstica, em maio de 2023.

Tagliaferro era chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE à época em que Moraes era presidente da Corte. Nas mensagens divulgadas pela Folha de S.Paulo, ele aparece como um dos interlocutores, combinando com o juiz auxiliar de Moraes no STF, Airton Vieira, a criação de um relatório contra o cantor Davi Sacer.

Nas mensagens, Frota é citado como uma das pessoas que enviava para a equipe de Moraes publicações de personalidades que estavam, de alguma forma, apoiando o ato em Nova Iorque, como Sacer.

Em contato com o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, o ex-deputado negou que tenha solicitado punições contra o cantor evangélico.

“Para mim, está claro que foi o Tagliaferro que vazou as mensagens. Estou desafiando Tagliaferro a apresentar um áudio, mensagem ou vídeo meu solicitando bloqueio de conta de um cantor gospel de quem eu nunca ouvi falar. De onde ele tirou isso?”, questionou.

Frota também disparou contra Airton Vieira ao ser avisado de que havia sido ele quem mencionara seu nome na conversa.

“Se foi o doutor Airton quem disse, então que o doutor Airton se posicione. Ele está até hoje no gabinete do ministro [Moraes]. Nosso trabalho se deu no âmbito da CPMI das fake news, com autorização judicial. Investigamos e descobrimos muita coisa naquela época [em 2019]”, acrescentou.

Tagliaferro foi chamado para depor sobre as mensagens na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo nesta quinta-feira (22) às 11h. A corporação instaurou, a pedido de Moraes, um inquérito para investigar o caso.

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