Representação húngara tomou a decisão mesmo sem comprovar a participação dos funcionários
A Embaixada da Hungria em Brasília (DF) decidiu demitir dois funcionários brasileiros suspeitos de terem vazado os vídeos do circuito interno de segurança que mostram a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os dias 12 e 14 de fevereiro.
De acordo com informações divulgadas pela CNN, a representação húngara optou pelo desligamento de brasileiros que tinham acesso ao monitor que exibia as imagens em tempo real.
Um dos funcionários era encarregado de manutenção geral e o outro atuava como secretário do embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai. Outros cinco brasileiros trabalham na embaixada: um motorista, dois faxineiros e dois jardineiros.
Em 25 de março, o jornal The New York Times publicou que o ex-presidente Jair Bolsonaro permaneceu entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano hospedado na embaixada.
Dias antes, em 8 de fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes após sofrer uma busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no país após o resultado das eleições de 2022.
Pelas regras internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas autoridades brasileiras. Dessa forma, Bolsonaro estaria imune ao eventual cumprimento de um mandado de prisão.
Segundo os advogados de Bolsonaro, a estadia na embaixada teve o intuito de dialogar com autoridades húngaras a convite delas mesmas. A defesa negou que ele estivesse com medo de ser preso ou buscando asilo político.