Itamaraty ‘de Lula’, convoca embaixador húngaro por abrigar Bolsonaro

O embaixador ficou em silêncio

O Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador da Hungria, Miklos Halmai, para explicar as informações do jornal The New York Times que revelou a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro na sua embaixada.

De acordo com a publicação norte-americana, Bolsonaro passou dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, chegando no dia 12 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval, acompanhado por dois seguranças, deixando o local apenas no dia 14.

Miklos Halmai foi chamado para explicar sobre este episódio e conversou com a chefe do Itamaraty que se ocupa da Europa, Maria Luisa Escorel, que foi orientada a mostrar o desagravo do Brasil com o abrigo que foi oferecido por ele ao ex-presidente.

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O encontro durou 20 minutos e o embaixador húngaro ficou em silêncio, deixando o Itamaraty sem prestar esclarecimentos. De acordo com o UOL, ele apenas ouviu o que Escorel tinha a dizer e manteve, durante todo o tempo, contato com seus superiores na Hungria.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, publicou no dia 8 de fevereiro, em suas redes sociais, uma foto sua ao lado de Bolsonaro e escreveu: “Um patriota honesto. Continue lutando, senhor presidente”. A publicação aconteceu após a operação da Polícia Federal (PF) contra aliados do ex-presidente acusados de tentarem dar um suposto golpe de Estado.

Por essa postagem, o embaixador foi chamado pelo Itamaraty para ouvir que não é adequado a intromissão das autoridades de Budapeste em assuntos da política interna.

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