Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos foi uma das 7 candidaturas que o partido “Chega” conseguiu emplacar na região do Porto
Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos se elegeu deputado pelo partido “Chega” nas eleições legislativas de Portugal em 10 de março de 2024
O partido de direita “Chega” obteve um dos desempenhos mais expressivos nas eleições legislativas de Portugal, neste domingo (10).
Criado há cinco anos, o partido conseguiu cerca de 18% dos votos e quadruplicou sua representação no Parlamento – saltando de 12 para 48 cadeiras – tornando-se a terceira maior força na Casa.
Entre os parlamentares eleitos pelo “Chega” está um brasileiro. Marcus Vinicius Teixeira Soares dos Santos foi uma das 7 candidaturas que o partido conseguiu emplacar na região do Porto.
Em suas redes sociais, o brasileiro agradeceu aos eleitores após a confirmação do resultado. Nos comentários, parlamentares brasileiros, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), reagiram à eleição.
“Parabéns Marcus. Está a fazer história. Agora é fazer um bom trabalho e levantar Portugal”, escreveu o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O resultado das eleições em Portugal
A centro-direita venceu, de maneira apertada, a eleição legislativa de Portugal neste domingo (10). Com 99,01% das urnas apuradas, a Aliança Democrática (AD) conseguiu 79 cadeiras na Assembleia da República, ficando com 29,49% dos votos.
A AD é formada pelas siglas: Partido Social Democrata (PPD/PSD), Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM). Foi contabilizada na distribuição de cadeiras a coligação apenas do PSD-CDS na Ilha da Madeira, que saiu vencedora, para a Aliança Democrática.
O Partido Socialista (PS) fez 77 cadeiras, representando 28,66%. O Chega, de direita, ficou com 48 mandatos, conseguindo 18,06% dos votos.
Já foram confirmadas 226 parlamentares, faltando quatro cargos que serão decididos com o voto de pessoas que estão fora do país.
Negociações para formar governo
O líder da Aliança Democrática, Luis Montenegro, reiterou que não trabalharia com o Chega ao reivindicar a vitória na madrugada de segunda-feira, embora outros no seu partido tenham sido mais ambíguos.
Os resultados prepararam o terreno para negociações difíceis nos próximos dias e semanas e, potencialmente, para novas eleições num futuro não muito distante.
Durante décadas, o Partido Socialista e o Partido Social Democrata (PSD) de centro-direita – o principal partido da Aliança Democrática – revezaram-se no poder.
Mas ambos os partidos não conseguiram garantir uma maioria parlamentar absoluta na votação de domingo, convocada depois de o primeiro-ministro António Costa ter renunciado em novembro, na sequência de uma investigação de corrupção sobre a forma como o governo lidou com grandes projetos de investimento. Ele não foi acusado de nenhum crime.
Um parlamento suspenso transforma o Chega num potencial “fazedor de reis”, onde o partido poderá fazer parte de um governo de coligação para quebrar o impasse político.