Chamado de vagabundo, o influenciador ameaçou processar seu acusador
Circula nas redes sociais um vídeo no qual um homem discute com uma funcionária de uma escola em Nilópolis, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, devido a uma atividade passada aos alunos que menciona o influenciador Felipe Neto.
No vídeo, a educadora tenta evitar a gravação, cobrindo o rosto, enquanto o homem continua a expressar descontentamento com o conteúdo da apostila distribuída para os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental.
A profissional chega a pedir para não ser gravada, mas o homem se nega a atender o pedido, dizendo que ela, como funcionária pública, não tem direito de imagem.
O exercício questionado pelo homem, que seria avô de uma aluna, é referente a uma interpretação de textos de uma entrevista que Felipe Neto deu ao jornal Diário de Pernambuco.
Irritado, o homem insulta a servidora e acusa o influenciador de ser um “vagabundo que ensina sexo entre meninos, meninas, para as crianças”.
Avó revoltado denuncia material com Felipe Neto nas apostilas da escola pública em Nilópolis/RJ. Família fiscalizem os conteúdos dados em sala de aula. Os filhos desses m4lditos não estudam em escolas públicas e querem o pior para nossos filhos e netos. pic.twitter.com/Qxj4VjBuWm
Felipe Neto, ao tomar conhecimento do ocorrido, anunciou pelas redes sociais que pretende processar o homem e ofereceu apoio jurídico à mulher.
“Minha equipe jurídica já foi acionada e o grande corajoso aí que afirmou que eu ensino sexo para crianças vai responder na Justiça civil e criminal”, declarou.
PREFEITURA VAI TOMAR PROVIDÊNCIAS
A prefeitura de Nilópolis reiterou que está acompanhando o caso, tomando medidas legais e oferecendo suporte à profissional envolvida.
Leia a nota da prefeitura, na íntegra
“A Prefeitura de Nilópolis, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), esclarece que o material didático distribuído aos alunos da rede municipal é confeccionado pela equipe da SEMED, formada por professores efetivos, a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), utilizando conteúdo de domínio público.
A SEMED se solidariza com a diretora adjunta da Escola Municipal Poeta Carlos Drummond de Andrade, agredida verbalmente pelo cidadão que erroneamente gravou o vídeo sem sua autorização, e já disponibilizou toda assistência que esta necessitar.
O texto, como se pode depreender observando os exercícios que seguiram o trecho da polêmica, tem objetivo pedagógico de trabalhar o gênero textual “entrevista”, abordar aspectos gramaticais, com exercícios que não envolviam qualquer tipo de interpretação ou opinião referente à pessoa do entrevistado, apenas quanto ao seu trabalho na televisão e como influenciador digital”.