Quase que simultaneamente, o ministro Alexandre de Moraes precisou recuar em duas situações.
Dois recuos constrangedores e reveladores.
Teve que soltar o deputado estadual capitão Assumção, atendendo decisão dos deputados estaduais do Espírito Santo, que tiveram a coragem que deputados federais e senadores nunca demonstraram.
E dessa vez, Moraes teve que obedecer a lei.
Claro, está desgastado. Certamente já não tem a mesma força de outrora. Está percebendo que pode muito, mas não pode tudo.
Paralelamente, naquilo que pode se transformar em um escândalo jurídico, Moraes teve que inocentar um mendigo que manteve em prisão preventiva por 11 meses.
Uma verdadeira aberração.
Prendeu preventivamente por 11 longos meses um pobre coitado e agora vota por sua absolvição.
Isso sem contar que quando lhe forneceu o alvará de soltura, aplicou-se uma degradante tornozeleira eletrônica.
Com base no que fez isso?
São situações complicadas, que estão ganhando repercussão internacional e sujando ainda mais a desgastada imagem do Brasil.
Moraes não tem mais condições de permanecer a frente dos casos relacionados ao 8 de janeiro.
Da mesma forma, os inquéritos intermináveis sob a sua relatoria precisam ter um ponto final.