PF defende certidão nacional para liberação de armas no país

Documento mostraria os antecedentes criminais e seria usado na aquisição de armas de fogo e porte de armas

A Polícia Federal (PF) afirmou, nesta quarta-feira (6), que quer a disponibilização, por meio do Poder Judiciário, de uma certidão de antecedentes criminais nacional para aprimorar o processo de liberação de armas e “evitar a burla do sistema de controle” no país. Hoje, o fornecimento dos documentos é descentralizado, com cada tribunal emitindo sua certidão de forma separada e independente.

A falta de uma base de dados única para a conferência dos antecedentes de quem solicita a licença de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) é um dos principais tópicos elencados por auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), conforme revelado pelo Estadão.

É possível que CACs respondendo a processos em um estado tenham solicitado acesso a arma com certidão emitida em outra unidade da federação.

A PF afirmou ainda que tem destinado “atenção especial às recomendações expedidas por órgãos de controle” na concessão de licenças a CACs.

Desde julho de 2023, a Polícia Federal está em transição para emitir e fiscalizar as licenças aos CACs, atribuições que, historicamente, estiveram na alçada do Exército, responsável por um registro denominado de Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas).

A PF era gestora de outra base de cadastros de armas, chamada de Sinarm (Sistema Nacional de Armas), destinada ao armamento para proteção pessoal de civis. Com a transição, a corporação passará a lidar com os dois registros.

A migração da responsabilidade de fiscalização tem conclusão prevista para 2025. A mudança foi uma estratégia de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reverter a política armamentista da gestão Bolsonaro.

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