Em entrevista a Tucker Carlson, Eduardo diz que o Brasil não é mais um país livre

Deputado federal fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes em conversa com o jornalista americano

Com críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou em entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, ex-apresentador da Fox News, que não há mais liberdade no Brasil após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Questionado por Carlson se considerava o Brasil um país livre, Eduardo respondeu que “não”. Ao longo da conversa, o parlamentar disse ainda que “pessoas e jornalistas” estão sendo censurados no país e que há uma perseguição contra apoiadores de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Não [é] mais [livre]. Temos, de fato, pessoas sendo censuradas, não apenas nas redes sociais. Tem pessoas exiladas vivendo aqui nos Estados Unidos”, disse o parlamentar.

Na entrevista, Eduardo também acusou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de perseguir aliados do ex-presidente da República.

“Você sempre corre o risco de ser preso pelo Supremo Tribunal. Para ser honesto, não todo o Supremo Tribunal, mas um juiz chamado Alexandre de Moraes. Ele abriu uma investigação, que dura mais de cinco anos, perseguindo, geralmente, conservadores. No Brasil, não vale mais a pena você apelar. Não tem a quem recorrer. É o Supremo Tribunal processando pessoas”, afirmou.

Em um trecho da entrevista, o próprio Tucker Carlson diz que as eleições presidenciais de 2022 foram “manipuladas” e “roubadas” para eleger Lula.

“O que aconteceu no Brasil, Lula venceu em uma eleição que foi, obviamente, manipulada. Está claro que a eleição foi roubada pelo governo Lula. É justo afirmar que, de fora, pareceu roubada”, declarou o jornalista.

No fim da entrevista, o parlamentar brasileiro criticou ainda as punições do STF contra os participantes dos atos de 8 de janeiro e disse que não houve uma tentativa de golpe de Estado na invasão aos prédios dos Três Poderes em Brasília no início do ano passado.

“Eles dizem que foi uma tentativa de golpe. Mas em janeiro, num domingo, nenhuma arma foi apreendida, não houve apoio da polícia ou das Forças Armadas. Então, na verdade, foi um protesto que foi longe demais. Não concordo com pessoas quebrando portas do Congresso ou do Supremo Tribunal. Mas essas pessoas estão recebendo punições de 17 anos de prisão”, completou.

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