Manifestantes levaram bandeiras israelenses, e políticos defenderam o país da acusação de Lula
O chanceler israelense, Israel Katz, fez uma postagem no Twitter/X para agradecer o apoio a Israel durante a manifestação do domingo 25 na Avenida Paulista convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
No evento, manifestantes levaram bandeiras de Israel. Katz compartilhou uma das imagens em que a bandeira de seu país aparece e escreveu em uma postagem em português e hebraico: “Muito obrigado ao povo brasileiro por apoiar Israel. Nem Luiz Inácio Lula da Silva conseguirá nos separar.”
No domingo anterior, 18, em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula voltou acusar Israel de genocídio na Faixa de Gaza e comparou as ações do governo israelense às do nazista Adolf Hitler. A declaração do petista gerou críticas no mundo todo. Israel declarou o petista persona non grata e uma crise diplomática.
Brasil, deputados protocolaram um pedido de impeachment com 145 assinaturas, um recorde de signatários. A Lei dos Crimes de Responsabilidade especifica, no artigo 5º, que “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade” é conduta presidencial passível da perda de mandato.
750 mil pessoas foram à manifestação na Paulista
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), Guilherme Derrite, informou que 750 mil pessoas foram ao ato na Avenida Paulista no domingo. Segundo ele, o evento não teve “ocorrências relevantes”.
O público no ato em defesa da democracia superou a expectativa da organização. Ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República e atual advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten afirmou que esperava contar com 700 mil pessoas.
Durante o dia, fotos e vídeos mostraram que a Avenida Paulista foi tomada por uma multidão. Apesar do evento estar programado para ocorrer a partir das 15h, com trio elétrico nas proximidades do cruzamento com a Rua Peixoto Gomide, aglomerações já se formavam pela manhã.