Petista quer “conotação crítica” por parte da imprensa
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), discorreu de forma acalorada contra o ato em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para o próximo dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo. Para a petista, “é estarrecedor ver Bolsonaro convocar um ato em defesa do Estado Democrático de Direito”.
“(…) Que ele nunca respeitou (a democracia) e tentou abolir em sua fracassada tentativa de golpe!”, disparou em um longo texto publicado nesta quinta-feira (15) no X, antigo Twitter.
Gleisi diz que a manifestação na Paulista não será para Bolsonaro se defender, e sim para “se contrapor ao devido processo legal, já que as provas contra ele e sua turma não param de aparecer”. Ela chama Bolsonaro de “chefe terrorista” e “fascista”.
“É esse chefe terrorista que agora invoca, em seu exclusivo benefício, o Estado de Direito e a liberdade de expressão e manifestação que tentou, reiteradas vezes, destruir. É esse fascista que agora quer vestir o manto da democracia para mais uma vez atacá-la”, atacou a presidente do partido de Lula.
Gleisi diz não ver “legitimidade” no ato marcado para 25 de fevereiro e que é “chocante” a mídia “normalizar esse chamado e o próprio ato, tratando como coisa normal”. Segundo a petista, a imprensa deve usar de “conotação crítica” para com o ato.
EVENTO PACÍFICO
Nesta quinta-feira (15), o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, o pastor Silas Malafaia, e o deputado federal Zucco (PL-RS), realizaram uma coletiva de imprensa para falar sobre o ato de 25 de fevereiro.
O pastor deixou claro que será um evento pacífico, amparado pela Constituição Federal que garante o Estado Democrático de Direito.
“Nós acreditamos que todos os nossos eventos são eventos pacíficos e com o mote de que estamos defendendo o Estado Democrático de Direito. O evento não tem nenhuma outra intenção além dela. Pelo artigo 5º, inciso 16ª da Constituição Federal, as manifestações pacíficas são livres na nossa nação e é isso que nós vamos fazer lá. Vai além de [defender] Bolsonaro”, afirmou.