CGU determina demissão de Abraham Weintraub da Unifesp

Ex-ministro da Educação ocupava cargo de professor na instituição desde 2014

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi demitido da função de professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltas injustificadas. A determinação é da Controladoria-Geral da União (CGU) e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (7). Com a decisão, o ex-ministro fica impedido de exercer funções de confiança no Executivo federal por 8 anos.

Weintraub era professor de ciências contábeis desde 2014, mas já estava com os vencimentos suspensos desde abril de 2023, quando foi iniciado o processo administrativo para apurar faltas injustificadas dele e de Daniela Weintraub, sua esposa e também professora da universidade.

Não foi o primeiro processo administrativo aberto na Unifesp contra Weintraub. O ex-ministro já foi investigado pela universidade por utilizar, sem autorização, o logotipo da instituição em consultorias particulares. Essa sindicância foi arquivada por falta de provas em 2022.

Abraham Weintraub foi o segundo ministro da Educação da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Deixou a pasta após 14 meses no cargo.

Está rompido com Bolsonaro desde 2022, quando quis se candidatar ao governo de São Paulo mas foi preterido pelo ex-presidente, que decidiu apoiar a candidatura de outro ministro da gestão, Tarcísio de Freitas. Weintraub concorreu, então, ao cargo de deputado federal. Teve 4.057 votos e não conseguiu se eleger.

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