Fotógrafo explica como produziu icônica foto de eclipse solar

Imagem ganhou popularidade por sua beleza surpreendente

O fotógrafo Marcelo Maragni produziu uma das fotos mais icônicas de um eclipse solar. Um “anel de fogo” pode ser visto. O “desenho” foi provocado pelo fenômeno natural.

Maragni disse ao site F5 que começou a planejar a foto há cinco anos, visto que a execução exigiu cálculos de inclinação e distância.

O fotógrafo produziu a imagem em uma parceria realizada com a empresa de energético Red Bull Brasil e o surfista Ítalo Ferreira.

Como surgiu a ideia de tirar a foto do eclipse solar

A ideia de fotografar o eclipse solar anular partiu de Maragni, que soube que o fenômeno aconteceria no Brasil, há mais de cinco anos. “Como fotógrafo, sempre procuro coisas inusitadas, diferentes, para criar fotos realmente impactantes.”

“Quando olhei as informações sobre o eclipse, vi que seria muito próximo do pôr do sol e pensei que, por esse motivo, eu conseguiria ver ele [sic] baixo”, explica Maragni. “Então, de cima de alguma montanha, daria para fazer uma foto inusitada.”

Ao analisar o mapa do fenômeno, o profissional viu que Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, seria o último local em que o eclipse poderia ser visto em terra.

Então, no começo deste ano, ele fez um convite ao surfista Ferreira, campeão olímpico da modalidade, que nasceu no último Estado brasileiro onde o eclipse poderia ser visto.

“Eu pensei: poxa, tem tudo a ver, é ele que tem que sair nessa foto”, conta Maragni. “O círculo dourado, o cara é medalhista de ouro olímpico.”

O fotógrafo também disse que, ao “viajar um pouco” na imaginação, a foto remete a um dos anéis olímpicos, o amarelo semelhante ao dourado.

Como a foto foi produzida

Maragni explica que o primeiro passo era encontrar um mapa interativo do eclipse, para entender onde ele começaria, por onde passaria e onde iria terminar.

A partir desse mapa, ele identificou que a Baía Formosa seria o local em que o eclipse poderia ser visto em ampla magnitude, por inteiro.

Depois, o fotógrafo teve de encontrar um morro ou montanha para “posicionar” o eclipse em cima para a foto.

Com as informações da data e da cidade, Maragni identificou a direção em que o eclipse estaria, chamada azimute — um cálculo de direção que usa como referência o norte geográfico.

“Sabendo em qual direção aconteceria o eclipse, eu entrei no Google Earth e ali eu comecei a procurar montanhas”, disse Maragni. “E fui marcando (…) ia traçando os lugares em que eu achava que talvez desse para fazer a foto.”

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