Após falas “hostis” de Petro, Israel veta exportações para Colômbia

Presidente colombiano chamou israelenses de “neonazistas”

Após declarações consideradas “hostis e antissemitas” do presidente colombiano Gustavo Petro sobre Israel, o país oriental decidiu suspender exportações de material militar para o sul-americano. A decisão foi comunicada neste domingo (15).

“Israel condena as declarações do presidente que refletem um apoio às atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas, alimentam o antissemitismo, afetam os representantes do Estado de Israel e ameaçam a paz da comunidade judaica na Colômbia. Em resposta, como primeira medida, Israel decidiu interromper as exportações de segurança para a Colômbia”, declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores israelense, Lior Haiat.

A chancelaria israelense ainda contatou a embaixadora colombiana em Israel, Margarita Manjarrez, para declarar repúdio às falas de Petro publicadas nas redes sociais.

“Na reunião foi deixado claro para a embaixadora que as declarações foram recebidas em Israel com espanto diante do ataque selvagem dos terroristas do Hamas que assassinaram mais de 1.300 israelenses e raptaram mais de 150”, frisou Haiat.

Em suas falas, Petro chamou israelenses de “neonazistas” e comparou o cerco em Gaza, feito após o atentado terrorista do Hamas, com um campo de concentração de Auschwitz.

“Se tivesse vivido na Alemanha em 1933, teria lutado ao lado dos judeus. E se tivesse vivido na Palestina em 1948, teria lutado ao lado dos palestinos. Agora os neonazistas querem a destruição do povo palestino, da liberdade e da cultura”, assinalou Petro.

Desde 1957, Israel e Colômbia vivem uma cooperação nas áreas de comércio e segurança, fornecendo material militar como fuzis, aviões e suprimentos para o país atualmente comandado por Petro.

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