Fundador do Hamas clama por revolta muçulmana global

Khaled Mashal afirma que ‘as almas e o sangue’ dos islâmicos devem ser sacrificados pela Palestina

Khaled Mashal, membro-fundador do Hamas, convocou muçulmanos de todo o mundo para uma “revolta” contra Israel e seus apoiadores. Em vídeo que circula nas redes sociais, nesta quarta-feira, 11, o antigo líder do grupo terrorista afirmou que as almas e o sangue dos islâmicos devem ser sacrificados pela Palestina.

“Devemos ir às praças e às ruas do mundo árabe na sexta-feira”, ordenou Meshaal, ao ressaltar que os governos da Jordânia, da Síria, do Líbano e do Egito têm obrigação de ajudar os palestinos. “Este é o momento da verdade, e as fronteiras estão perto de vocês. Todos vocês conhecem a sua responsabilidade.”

Mashal sugeriu que a sexta-feira 13 deveria ser o dia da revolta, com uma “inundação” de árabes na Mesquita Al-Aqsa. O templo religioso é disputado há séculos pelos muçulmanos e pelos judeus.

Na parte final do vídeo, o membro-fundador do Hamas adverte os líderes do islamismo para que apliquem a jihad, ou seja, empreendam uma guerra contra os povos de outras religiões e os convertam.

“Para todos os estudiosos que ensinam a jihad… para todos que ensinam e aprendem, este é um momento para a aplicação”, disse Mashal.

A declaração do membro-fundador do Hamas ocorre na esteira da reação do Exército de Israel, que deve intensificar sua contraofensiva na Faixa de Gaza.

Israel se une contra o terrorismo do Hamas

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se uniu ao líder do maior partido de oposição, Benny Gantz. A união formará um governo de coalização, que passará a administrar o país durante a guerra contra o grupo terrorista islâmico.

Com o novo acordo, Netanyahu terá uma espécie de “carta branca” para tomar medidas de emergência. Os partidos governistas não têm maioria no Parlamento de Israel, o que permite à oposição vetar propostas do governo.

O governo será formado pelo premiê, por um pequeno número de ministros e por Gantz.