Nesta segunda-feira (9), centenas de milhares de pessoas se manifestaram em várias cidades da França em apoio a Israel após o ataque de sábado do grupo terrorista palestino Hamas.
A maior das manifestações ocorreu em Paris, onde participaram membros do governo, entre eles o porta-voz, Olivier Veran, assim como o ex-presidente Nicolas Sarkozy. Outros atos aconteceram em Marselha, Nice, Nancy, Lille, Montpellier e Bordeaux, entre outras cidades.
“Ninguém com um pouco de humanidade pode ficar impassível diante da barbárie que foi vista”, disse Sarkozy, que compareceu ao ato acompanhado de sua esposa, Carla Bruni.
O ex-presidente condenou veementemente os ataques em meio a gritos contra o líder esquerdista Jean-Luc Mélenchon, acusado de ambiguidade em sua denúncia do ataque do Hamas.
A França Insubmissa, partido político do esquerdista, condenou qualquer massacre na região, colocando o ataque do Hamas no mesmo nível da ocupação dos territórios palestinos por Israel.
Essas declarações renderam duras críticas a Mélenchon, que se defendeu garantindo que condena qualquer tipo de massacre.
Na manifestação de Paris, o rabino-chefe da França, Haim Korsia, considerou a posição de A França Insubmissa “vergonhosa” e classificou a convocação para uma nova intifada lançada pela pequena legenda trotskista Novo Partido Anticapitalista como uma “apologia ao terrorismo”.
O líder religioso afirmou que “a falta de união nacional alimenta o discurso antissemita” e lembrou que a Polícia francesa emitiu 44 alertas antissemitas desde o ataque do Hamas.
Entre os participantes da manifestação em Paris estava também a prefeita da cidade, Anne Hidalgo, bem como muitas outras autoridades públicas do país.
Ela ordenou que as cores da bandeira israelense iluminassem a Torre Eiffel na noite de ontem, uma iniciativa à qual se juntou o presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, anunciando que o prédio de sua instituição também será iluminado com as mesmas cores.
A França abriga a maior comunidade judaica da Europa, com cerca de 500 mil membros, que recentemente comemoraram o Ano Novo hebraico.