Ministro do STF atendeu a um pedido da Polícia Federal para analisar conteúdo; corporação disse precisar de ‘mais tempo’
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou, nesta quarta-feira, 4, o inquérito que apura ofensas a Alexandre de Moraes e à família do juiz do STF, em Roma, em julho deste ano. Toffoli atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF).
Conforme a PF, é necessário “mais tempo” para concluir a análise do material enviado pelas autoridades italianas.
Toffoli retirou o sigilo dos autos, mas manteve segredo sobre as imagens. Esse conteúdo ficará disponível somente para as partes e peritos indicados pela PF.
De acordo com Toffoli, a divulgação de fotos ou mesmo dados de pessoas suspeitas é fundamental na persecução penal apenas quando o autor do delito ainda não tenha sido identificado ou esteja foragido, o que não ocorreu no caso.
O juiz do STF argumentou ainda que as gravações mostram inúmeras pessoas, incluindo menores de idade, sem relação com o fato investigado, devendo-se, por isso, ser preservados seus direitos à imagem e à privacidade.
Moraes é hostilizado em Roma
Depois de encerrar uma palestra na Universidade de Siena, Moraes e seu filho foram hostilizados, por um casal, no Aeroporto Internacional de Roma.
Após a confusão, os envolvidos embarcaram normalmente para o Brasil. A PF, contudo, os abordou tão logo chegaram a Guarulhos (SP).
Dessa forma, instaurou-se um inquérito para apurar acusações de agressão, ameaça, injúria e difamação contra o magistrado.