Jovem é morta por “amigos” e tem corpo destruído por química

Segundo investigadores, motivo seria uma paixão não correspondida

Os investigadores do caso de uma menina de 14 anos brutalmente assassinada em Campina Grande, Paraíba, disseram não ter dúvidas de que a vítima foi morta por dois “amigos”. Conforme o delegado Ramirez São Pedro explicou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (15), um adolescente de 15 anos e a prima dele, de 16, teriam matado Victória Aragão a facadas e, posteriormente, destruído seu corpo com ajuda de produtos químicos.

Ramirez relata que a perícia conseguiu resgatar conversas mantidas pelos dois assassinos e encontrou diálogos que premeditavam o homicídio pelo menos 15 dias antes do crime. Os adolescentes também pesquisaram sobre o efeito de produtos químicos no corpo humano.

O motivo do assassinato seria uma paixão não correspondida envolvendo o rapaz de 15 anos e a vítima. Com ajuda da prima, ele teria atraído Victória para o local do crime, desferido facadas nela e destruído o cadáver.

“Não era possível identificar os órgãos internos da menina, o couro cabeludo já estava fora do crânio, metade do corpo estava irreconhecível. Isso comprova o uso de substâncias químicas para tentar esconder o corpo”, declarou Marcio Leandro, diretor do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol).

Os dois criminosos ainda teriam tentado incriminar um terceiro adolescente, mas no fim, confessaram o assassinato em depoimento à polícia.

O desaparecimento de Victória Aragão foi registrado em 26 de agosto. Inicialmente, a polícia acreditava que ela havia fugido de casa voluntariamente, porque havia mandado mensagens à família dizendo que estava indo embora. Contudo, os investigadores descobriram que os próprios assassinos da adolescente eram os autores das mensagens.

O corpo da jovem foi achado no dia 29 de agosto, e precisou de exames detalhados para comprovar sua identidade.

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