Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso no Batalhão da Polícia do Exército desde maio
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, proibiu qualquer comunicação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. O tenente coronel segue preso no Batalhão da Polícia do Exército desde maio – de acordo com informações do jornal O Globo.
A determinação do magistrado ocorre no âmbito do inquérito que apura supostos crimes envolvendo as joias recebidas pelo então presidente Jair Bolsonaro, oferecidas por autoridades de outros países.
“A análise dos dados armazenados no telefone celular aprendido em poder de Mauro Cesar Barbosa Cid revelou indícios de que houve desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação da origem, localização e propriedade dos valores provenientes, sendo revelados novos fatos e agentes envolvidos”, diz a decisão de Alexandre de Moraes.
De acordo com o ministro, “evidentemente, neste caso, a incomunicabilidade entre os investigados alvos das medidas é absolutamente necessária à conveniência da instrução criminal, pois existem diversos fatos cujos esclarecimentos dependem da finalização das medidas investigativas, notadamente no que diz respeito à análise do material apreendido e realização da oitiva de todos os agentes envolvidos”.
Assim como Mauro Cid, também estão proibidos de qualquer comunicação com Bolsonaro: Luís Marcos dos Reis, Ailton Gonçalves Moraes Barros, João Carlos de Sousa Brecha e Max Guilherme Machado de Moura.