O Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu, no início da tarde desta quarta-feira (23), a lista de quatro nomes que será enviada para o petista Luiz Inácio Lula da Silva escolher dois ministros para a Corte. A partir da lista, o atual presidente vai nomear dois nomes para preencher as vagas reservadas a desembargadores dos tribunais estaduais e federais.
O juiz apoiado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, o desembargador Carlos von Adamek, foi o mais votado, com 19 votos.
Adamek é oriundo do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Os desembargadores José Afranio Vilela, de Minas Gerais, e Elton Leme, do Rio de Janeiro, foram definidos na segunda rodada da votação.
Dos quatro juízes, três são oriundos do Sudeste. Quase metade da composição atual do STJ (14 dos 30) já é formada por ministros naturais da região.
Na terceira rodada (realizada porque os candidatos não haviam atingido antes o número mínimo de 17 votos), o juiz Teodoro Silva, do Ceará, saiu vencedor. Nessa etapa, os desembargadores Honório Gomes, de Pernambuco, e Erivan José, do Piauí, foram desclassificados.
O candidato favorito do ministro Alexandre de Moraes, Airton Vieira, também do TJ-SP, não recebeu votos suficientes na primeira etapa da votação.
As duas vagas reservadas a desembargadores foram abertas com a aposentadoria do ministro Jorge Mussi e a morte do ministro Paulo de Tarso Sanseverino. Para essas vagas, 57 juízes se candidataram.
A Corte já começou a realizar a votação para outra vaga reservada a um representante da advocacia. O STJ vai reduzir a três nomes uma lista sêxtupla enviada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A favorita é a advogada brasiliense Daniela Teixeira, apoiada pelo grupo Prerrogativas, próximo ao PT.