Hacker não gravou conversa com Bolsonaro por celular estar no modo avião, diz advogado

Delgatti afirmou que o então presidente pediu a ele para assumir a autoria de um grampo de Moraes e invadir urnas eletrônicas

O advogado Ariovaldo Moreira, que atua na defesa do hacker Walter Delgatti Neto, disse, nesta sexta-feira, 18, que seu cliente não gravou conversas com o então presidente Jair Bolsonaro, durante uma reunião no Palácio da Alvorada, em virtude de o celular estar no modo avião.

Nesse encontro, Bolsonaro supostamente pediu para Neto invadir as urnas eletrônicas e assumir a autoria de um grampo no celular do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Neto receberia um indulto presidencial, caso fosse preso. A reunião foi mediada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar, contudo, nega as acusações.

Moreira afirmou que, antes de entrar no Alvorada, o motorista de Carla o orientou a deixar o aparelho no modo avião. Dessa forma, o hacker não consegue provar o que disse.

Reação de Bolsonaro a depoimento de hacker

A defesa de Bolsonaro apresentou uma queixa-crime contra Neto, por calúnia e difamação. A ação se deu depois do depoimento do homem na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.

Neto disse à CPMI que o então presidente pediu a ele para assumir a autoria de um grampo de uma ligação com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.

Além disso, segundo Neto, Bolsonaro pediu-lhe para invadir as urnas eletrônicas.

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