Ministros entenderam que deputada usou arma ilegalmente
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta sexta-feira, 18, para tornar ré a deputada Carla Zambelli (PL-SP), por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O placar está em 6 x 1.
O STF vota uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. O relator do caso, Gilmar Mendes, se manifestou pela culpabilidade de Carla.
Em outubro do ano passado, durante o segundo turno das eleições, Carla foi atacada por um militante de esquerda e eleitor de Lula, enquanto saia de um restaurante na capital paulista.
Depois de cair no chão, aparentemente em virtude de um empurrão do homem, a parlamentar afasta-se do local e volta com uma arma de fogo na mão.
Conforme o pedido da PGR, a congressista tem de pagar R$ 100 mil de indenização, por danos morais coletivos, além de perder a pistola usada no dia do ato.
Se a denúncia for aceita, Carla poderá apresentar defesa e o processo passará por colheita de provas. Somente depois dessa fase, ocorrerá o julgamento, que define se ela será condenada ou absolvida.
Ação da PGR contra Carla Zambelli
No processo, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que Zambelli não tinha autorização para usar arma em público.
“A permissão do porte de arma de fogo conferida à denunciada se destina única e exclusivamente à sua defesa pessoal, jamais para constranger a liberdade de interlocutor e a fazer com ele se desculpe dos seus posicionamentos políticos, preferências eleitorais e supostos atos injuriosos manifestados, ainda que a pretexto de resguardar, em tese, sua honra maculada”, disse Lindôra, na ação.