OPINIÃO: Candidato à Presidência foi assassinado pelo crime organizado

A verdade é que a América Latina vive um caos político, e a trágica morte de
Fernando Villavicencio é apenas um dos sintomas. Não é – ou, não deveria ser – normal
vivermos em NARCO ESTADOS, dominados pelo crime organizado, narcotráfico e
facções. Tendo grande parcela da economia, sendo controlada por facções criminosas e
pela venda e exportação de drogas.

Como se isso já não fosse o bastante, há tempos escalonamos para novos e mais
avançados níveis de ingerência e interferência destes grupos criminosos, dentro dos
Estados Latino-americanos.

Ninguém mais tem dúvida de que permeiam a política; antes
com poucos e pequenos representantes, hoje se especula que a intromissão seja muito
maior, sendo que alguns países latino-americanos são completamente controlados por
facções.

Quem não se lembra, muitas décadas atrás, quando o próprio e icônico Pablo Escobar, buscou carreira política? Desde então, não apenas mandatos isolados, curtos,
caricaturescos e jocosos, vieram a prosperar, mas criou-se uma rede de interação narco-política muito mais abrangente.

Atualmente, notícias dão conta de que o crime organizado já patrocina indivíduos promissores para concursos da magistratura e do Ministério Público.

A questão é, até onde nós vamos permitir? Até onde nós, enquanto sociedade,
vamos continuar vivendo como se nada disso estivesse acontecendo? Até quando vamos viver pensando que isso não é comigo, não me diz respeito?

O assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, é
apenas um sintoma de uma doença que fingimos não ver, ou não queremos tratar.

Por Mohamed Ortiz

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