CPMI: Filipe Barros ironiza ao levar bijuterias para Jandira

Deputado satirizou denúncia da parlamentar envolvendo pedras semi-preciosas recebidas por Bolsonaro

O deputado federal Filipe Barros (PL-RJ) proporcionou um momento inusitado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, nesta terça-feira (8). Na ocasião, ele levou um conjunto de bijuterias comprado em uma “feirinha” a fim de ironizar a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) após ela acusar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ganhar e esconder pedras preciosas do “garimpo ilegal”.

“Eu, deputado Felipe Barros, pedi pra minha assessoria ir hoje ali na feirinha que tem ali na Esplanada dos Ministérios. Está aqui. Fiz questão de comprar. Um topázio que paguei R$ 280,00. Um citrino que eu paguei R$ 320,00 e uma prasiolita que eu paguei R$ 90,00. Eu gostaria, inclusive, de ofertar essas pedras para a deputada Jandira, mas que infelizmente não se faz presente. Mas eu acredito que ela não gostaria, porque as pedras são da cor da bandeira do Brasil, ela prefere o vermelho do que a [cor da] bandeira do Brasil”, alfinetou ele.

As acusações de Jandira ocorreram na sessão do último dia 1°. Na ocasião, a deputada afirmou que a CPMI apurou mais de 46 páginas com os 1.055 presentes recebidos por Bolsonaro, e constatou que pedras preciosas que ele teria recebido em visita a Teófilo Otoni, em Minas Gerais, não foram registradas. Ela ainda sugeriu que as joias seriam provenientes do garimpo ilegal.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, veio a público esclarecer que tratavam-se de pedras semi-preciosas que custavam um total de R$ 400, presenteadas pelo advogado Josino Correia Júnior. Ele também afirmou ter sido caluniado pela deputada.

Ainda na sessão desta terça, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também ironizou o caso, dizendo que o valor das pedras é equivalente a “três caixas de Tubaína”.

“Realmente algo incrível. Olha só, estão perdendo um incrível roteirista de Hollywood aqui. Eu indico a deputada, é realmente um talento desperdiçado. Porque ela quer que você aí de casa acredite: de que Jair Bolsonaro recebia tais presentes e fazia com que eles se transformassem em financiamento de atos golpistas. Então, o pessoal estava ferrado, porque R$ 400 não dá para nada”, declarou.

“Querem um bode expiatório”, diz Flávio sobre prisão de Torres

Nesta terça, os parlamentares ouviram o depoimento do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, suspeito de omissão nos atos que depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

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