Pontífice relembrou um encontro que teve com um grupo de transexuais no Vaticano
Em entrevista divulgada nesta sexta-feira (4), o papa Francisco voltou a defender o acolhimento de pessoas LGBTQIA+ nas igrejas, embora afirme considerar a homossexualidade como pecado. Em suas declarações à revista espanhola Vida Nueva, o pontífice lembrou de um encontro com mulheres transexuais no Vaticano e defendeu que elas também são “filhas de Deus”.
Segundo o pontífice, o grupo saiu do Vaticano chorando por ter sido recebido pelo líder Católico.
“Não me preocupo que me critiquem por eu receber transexuais na audiência geral das quartas-feiras. (….) A primeira vez que vieram e me viram, saíram chorando, dizendo que eu tinha dado uma mão, um beijo… Como se eu tivesse feito algo excepcional. Mas elas são filhas de Deus! Ele ainda te ama do jeito que você é. Jesus nos ensina a não estabelecer limites”, declarou.
O líder religioso ainda disse que “dialogar com todos é algo que Jesus nos ensinou”.
“Quando alguém se fecha ao diálogo, é sinal de fraqueza. Se a Igreja não tem isso que Jesus ensinou, não é Igreja. Todos têm de se sentir escolhidos”, enfatizou.
Essa não é a primeira vez que o papa Francisco aborda o tema de transexuais na Igreja. No último dia 25, ele declarou que “Deus nos ama como somos”, segundo a CNN.
A declaração do papa surgiu depois que Giona, uma jovem italiana, disse estar “dividida pela dicotomia entre a fé [católica] e a identidade transgênero”. Francisco, por sua vez, apontou que o “Senhor sempre caminha conosco” e que “mesmo que sejamos pecadores, Ele se aproxima para nos ajudar”.
“O Senhor nos ama como somos, este é o amor louco de Deus”.
O papa ainda chamou de pecado e injustiça as leis que criminalizam membros da comunidade LGBTQIA+. No entanto, o pontífice reafirmou que o casamento só pode ser entendido como uma união vitalícia entre um homem e uma mulher.