Tarcísio, sobre operação no Guarujá: ‘Há uma guerra sendo travada contra o narcotráfico’

Governador explicou a atuação das forças de segurança no litoral paulista, depois da morte de um soldado da Rota

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a megaoperação das forças de segurança na cidade do Guarujá, no litoral paulista, é parte de uma guerra contra o narcotráfico. Ele fez a declaração nesta terça-feira, 1º, em coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes.

“É uma operação de combate ao crime organizado”, afirmou Tarcísio, ao lado da secretária de Políticas para a Mulher, Sonaira Fernandes. “Isso tem tirado o sossego dos moradores da Baixada Santista. Temos imagens de criminosos portando armas. Quem subirá numa área dominada pelo crime e será recebido de uma forma amistosa? A polícia não quer o confronto.”

Na coletiva, o governador de São Paulo criticou a cobertura de setores da imprensa sobre o caso que envolve a megaoperação no Guarujá. “Ficam sempre com essa narrativa de excesso”, constatou. “Se houver excesso, vamos investigar. As imagens estarão anexadas nos inquéritos. Não vamos tolerar excesso nem desvio de conduta.”

Tarcísio acrescentou que parte da imprensa desconhece os desafios da segurança pública. “Precisamos ter respeito pelos profissionais que trabalham por nossa segurança”, disse. “É um monte de gente falando de coisas não procedentes. Chega um camarada e diz: ‘Morreram tantas pessoas’. Não sabe nem o que aconteceu.”

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O governador rebateu um dos jornalistas na coletiva, que teria alertado para o alto número de mortos na megaoperação no Guarujá. “Falso”, ressaltou Tarcísio, ao pedir respeito às forças de segurança do Estado de São Paulo. “Não tem informação correta. Quem diz isso não está interpretando corretamente o que está sendo registrado nos boletins de ocorrência. Estamos trabalhando com toda a transparência.”

A megaoperação no Guarujá 

A Operação Escudo teve início na sexta-feira 28, com promessa de um mês de duração. A iniciativa envolve agentes dos 15 batalhões de operação especiais de São Paulo. Ao todo, há 3 mil policiais militares e pelotões da Tropa de Choque e das forças locais.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma mulher de 27 anos e quatro homens, com idades entre 22 e 33 anos, foram presos em flagrante. Na sexta-feira, os agentes conduziram os suspeitos para a Delegacia do Guarujá. A corporação registrou o caso como homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas.

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A PM comunicou que os agentes apreenderam porções de cocaína e materiais utilizados para o preparo e para a comercialização da droga. O espólio inclui bala.

O crime

Na quinta-feira, Reis morreu depois de ser baleado durante serviço de patrulhamento no Guarujá, litoral paulista. A SSP comunicou que bandidos atingiram o agente da Rota com um disparo na região do tórax. Ele chegou a ser atendido por outros policiais que se dirigiram ao local do crime, mas não resistiu.

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