A declaração gerou polêmica na sessão da CPMI do 8 de janeiro
De acordo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os assessores da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) vazaram dados sigilosos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid.
A acusação foi exposta nesta terça-feira (1º), durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as invasões aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
“Temos que apurar os crimes cometidos aqui nessa CPMI, de quem vazou esses documentos. E com todo respeito, senadora Eliziane, as informações que chegam até agora são que quem teve acesso a esses documentos foram os assessores de vossa Excelência, muito antes da publicação disso pelos veículos de imprensa”, declarou Flávio.
O parlamentar deixou claro que esse tipo de material vazado é ilegal e cobrou medidas do presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA).
“Não estou fazendo acusação, é um informe. Eu quero que vossa excelência cheque e tome as medidas cabíveis, porque isso aqui é crime”, completou o senador.
Em sua defesa, Eliziane, que é relatora da CPMI, disse que tal acusação “é gravíssima” e que incorre “no crime do Código Penal de denunciação caluniosa”. Apesar disso, ela confessou que seus assessores tiveram acesso aos documentos.
“Aqui, nós temos 60 parlamentares, cada um com um servidor autorizado a ter acesso. Eu, como relatora, quero dizer que eles tiveram acesso, sim. Vossa excelência [Flávio] traz uma denúncia, que, aliás, incorre aí no crime do Código Penal de denunciação caluniosa. Vossa excelência está me caluniando”, disse a parlamentar, se defendendo.