‘A esquerda e o crime organizado’ – Filho de presidente da Colômbia é preso por suposto ‘acordo’ com o tráfico

Acusação investiga crimes de lavagem de dinheiro relacionados à campanha presidencial

Nicolás Petro, filho mais velho do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi preso neste sábado, 29. Também foi detida pelas autoridades a ex-mulher de Nicolás, Daysuris del Carmen Vásquez — ela fez acusações contra Nicolás.

De acordo com o comunicado do escritório do procurador-geral do país, a prisão do filho do presidente da Colômbia aconteceu como parte de uma investigação sobre enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro que pode estar relacionada à campanha presidencial de Gustavo Petro.

Filho do presidente da Colômbia teria ‘acordo’ com traficantes

Conforme as investigações, Nicolás é suspeito de receber dinheiro de traficantes em troca de incluí-los em acordos de paz que Gustavo Petro, presidente da Colômbia, vem tentando promover no país.

Em março deste ano, quando as apurações começaram, o filho do presidente da Colômbia chegou a elogiar a investigação. Na ocasião, ele negou as acusações e as classificou de “infundadas” sobre o suposto acordo com os traficantes.

No início do ano, a ex-mulher dele, Daysuris — também presa —, disse à mídia local que duas pessoas acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas na colômbia deram dinheiro a Nicolás para a campanha de seu pai.

As crises envolvendo Petro 

Gustavo Petro, primeiro esquerdista eleito para o comando do país, se viu, em junho deste ano, no centro de um escândalo em que vieram à tona áudios supostamente enviados pelo coordenador de sua campanha eleitoral e depois embaixador na Venezuela, Armando Benedetti, a Laura Sarabia, ex-chefe de gabinete da Presidência. Ambos perderam seus cargos.

O diplomata teria ameaçado revelar um financiamento ilegal na campanha de 15 bilhões de pesos (cerca de R$ 17 milhões) caso suas demandas não fossem atendidas. Mais tarde, afirmou que os áudios foram manipulados. Petro afirma que sua campanha foi legal.

No poder desde agosto do ano passado, Petro iniciou o seu governo com o apoio da esquerda e de alguns partidos tradicionais no Congresso, mas a ampla coalizão governista foi se desmanchando com o passar dos meses. A base se distancia cada vez mais de suas reformas, que incluem reduzir a participação privada na saúde e reformar os sistemas de trabalho, Previdência e Justiça.

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