Dino defende busca em casas de suspeitos de hostilizar Moraes

Em postagem, ministro nega que medida seja desproporcional

Depois de Lula ter comparado a “animais selvagens” os brasileiros que supostamente hostilizaram ou agrediram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em Roma, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também comentou o caso.

Em um tuíte na manhã desta quarta-feira, 19, Dino defendeu a operação de busca e apreensão da Polícia Federal na casa e nos veículos de supostos agressores, autorizada pela ministra Rosa Weber, presidente do STF.

“A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados”, escreveu o ministro, citando o artigo 240 do Código de Processo Penal, que disciplina as buscas pessoais e domiciliares.

Acerca das críticas à desproporcionalidade da medida, Dino disse que “passou da hora de naturalizar absurdos”. “E não se cuida de ‘fishing expedition’, pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação”, afirmou.

São suspeitos de hostilizar o ministro Roberto Mantovani Filho, sua mulher, Andréa Manarão, além do empresário Alexandre Zanatta. Moraes também disse que seu filho, de 27 anos, foi agredido com um tapa no rosto.

Na operação, a Polícia Federal apreendeu na casa dos suspeitos, em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, celulares e computadores.

Andréa e Mantovani prestaram depoimento à PF na terça-feira 18 e negaram qualquer agressão ao ministro ou ao seu filho. No domingo 16, Zanatta também depôs e afirmou que não houve agressão.

A Polícia Federal do Brasil pediu as imagens do circuito interno de vigilância para verificar e confrontar as versões; a polícia italiana informou que preserva as imagens, que devem ser enviadas à PF.

Fonte: Revista Oeste

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