Zambelli e mais oito deputados de SP podem perder mandatos

Os processos estão em fase de coleta de provas

São analisados pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) processos contra nove deputados eleitos pelo estado de São Paulo. As investigações podem resultar na perda de mandato e na inelegibilidade dos alvos. As informações são do G1.

Nos autos são analisados supostos atos de abusos de poder econômico, político e de autoridade. Além disso, são examinados os casos de uso indevido dos meios de comunicação.

Os processos estão em fase de coleta de provas. De acordo com o desembargador Silmar Fernandes, vice-presidente do TRE-SP e corregedor regional eleitoral, ainda não há uma data prevista para a votação no plenário.

CONFIRA QUEM SÃO OS DEPUTADOS

Ana Carolina Rossi Barreto Serra (Cidadania-SP)

A ação contra a deputada estadual Ana Carolina Rossi Barreto Serra (Cidadania-SP) foi protocolada em 2022. A parlamentar é suspeita de abuso, e também de uso indevido de meio de comunicação social.

A parlamentar teria se beneficiado de matérias divulgadas em jornais locais com a utilização de recursos públicos da municipalidade.

Em nota, Ana Carolina ressaltou que a ação foi movida por um “opositor”, se referindo ao vereador de Santo André, Ricardo Alvarez (PSOL). Para ela, o vereador “se utiliza da Justiça para autopromoção”.

Alex Spinelli Manente (Cidadania-SP)

O deputado federal Alex Spinelli Manente (Cidadania-SP) é suspeito de abuso de poder político e também de autoridade. A ação foi protocolada em 2018.

O parlamentar é acusado de usar, no horário de experiente, servidores do Poupatempo para sua campanha eleitoral.

Em nota, o parlamentar afirmou que “as alegações” contra ele são “infundadas e falsas”. Ele também afirmou que “nunca” foi “gestor do Poupatempo” e que não possui “conhecimento sobre os prestadores de serviço do órgão”.

Carla Zambelli (PL-SP)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) é suspeita de abuso e uso indevido de meio de comunicação social para a divulgação de falsas informações sobre o “processo de votação e da Justiça Eleitoral”. A ação foi protocolada em 2022.

A assessoria de imprensa de Zambelli afirmou que “a deputada irá se manifestar nos autos do processo”.

Daniela Mazuqueli Alonso (PL-SP)

A deputada estadual Daniela Mazuqueli Alonso (PL-SP) teve uma ação protocolada, em 2022, por suspeita de abuso de poder político. Ela também é suspeita de usar o pai, o prefeito da cidade de Marília, Daniel Alonso (PL), para “beneficiar sua candidatura”.

A parlamentar ainda não se pronunciou sobre o caso.

Ely Santos (Republicanos-SP)

A deputada federal Ely Santos (Republicanos-SP) é suspeita de abuso de poder político e econômico “decorrente do fornecimento de estrutura de empresa privada para a promoção de comício em favor de candidatos e propaganda irregular”. A ação foi protocolada em 2022.

Em nota, o departamento jurídico da deputada disse que a parlamentar “não tem qualquer relação com os sócios da empresa e na visita não foi realizada qualquer ato passível de ser configurado como abuso”. Ainda de acordo com o jurídico, Ely Santos foi “convidada para realizar visita na empresa, com o intuito de debater com os funcionários, em sua maioria moradores da região, sobre questões de locomoção, diante do tráfego intenso nos arredores da empresa”.

Helinho Zanatta (PSC-SP)

O deputado estadual Helinho Zanatta (PSC-SP) é suspeito de “candidatura fictícia” e “prática de fraude à cota de gênero”. A ação foi protocolada em 2022.

O deputado ainda não se pronunciou sobre o caso.

Capitão Telhada (PP-SP), Delegado Olim (PP-SP) e Letícia Aguiar (PP-SP)

Os deputados estaduais, Capitão Telhada (PP-SP), Delegado Olim (PP-SP) e Letícia Aguiar (PP-SP) são suspeitos de “candidatura fictícia” e “prática de fraude à cota de gênero”. A ação foi protocolada em 2022.

O deputado Delegado Olim nega “qualquer fraude” e disse estar com “a consciência tranquila”. Ele afirmou ainda que “o partido” terá que esclarecer “quem são as mulheres envolvidas na acusação, pois ele não as conhece”.

Os deputados Capitão Telhada e Letícia Aguiar não se pronunciaram sobre o caso.

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