Planalto e Kassab sonham com divisão bolsonarista

Tarcísio é grato a Bolsonaro, por sua eleição em São Paulo, e sabe que o preço do rompimento seria muito alto

Por razões diferentes, Planalto e Gilberto Kassab, presidente do PSD, sonham com o rompimento de Tarcísio de Freitas com o PL e o próprio Jair Bolsonaro. A esperança se fortaleceu após as críticas contra o governador de São Paulo desta quinta (6) nas redes sociais e durante reunião na sede do PL em Brasília.

Para Kassab, empurrado para fora da direita, Tarcísio poderia virar um candidato competitivo do PSD em 2026. Para o Planalto de Lula, o rompimento cumpre o papel de enfraquecer a direita.

Risco de desgraça – Tarcísio é grato a Bolsonaro, por sua eleição em São Paulo, e sabe que o preço do rompimento seria muito alto. Quem fez isso se deu muito mal.

Palanque conservador – Políticos do PL que se destacaram nos ataques a Tarcísio aspiram candidatura a prefeito, em 2024, e até a presidente, na sucessão de Lula.

Direita predominante – Reforma Tributária foi o tema mais comentado nas redes sociais, mas sob domínio bolsonarista. Não havia defesa da reforma, só críticas.

Sem clima para civilidade – Bolsonaristas atribuem a Kassab a visita de Tarcísio a Fernando Haddad. Mas o gesto de civilidade virou “traição” a Bolsonaro.

Nome de Michelle Bolsonaro deve ficar em evidência

‘Herdeiro’ de Bolsonaro somente após recursos – O PL não deve anunciar nenhum pré-candidato ao Palácio do Planalto até serem julgados os recursos de Jair Bolsonaro contra inelegibilidade imposta pela Justiça Eleitoral. O partido quer começar a definir nomes para prefeituras e governos estaduais.

Apesar de não anunciar ninguém, o nome de Michelle Bolsonaro deve ficar em evidência no período. No entanto, o entorno de Michelle garante que o desejo dela é o Legislativo.

Senado na mira – Jair Bolsonaro ainda não endossa Michelle na disputa. A ex-primeira-dama pode ser lançada como candidata ao Senado pelo Distrito Federal.

Plano B – Se Michelle não topar, há sondagens com Tereza Cristina (PP-MS) na chapa. A senadora agrada partidos do centro e o agronegócio.

Condições – O PL avalia que Tarcísio de Freitas agrega mais competitividade para a chapa, mas o governador de São Paulo teria que sair do Republicanos.

Fonte: Diário do Poder

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