Artigo de J. R. Guzzo critica decisões do TSE e fala em perseguição contra a direita
Em um artigo assinado por J. R. Guzzo, o jornal Estadão defende a ideia de que tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível “é golpe sem golpe”.
O texto comenta a ação que será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima terça-feira (27), onde há grandes chances dos ministros decidirem que Bolsonaro ficará inelegível pelos próximos oito anos.
Na crítica à Justiça Eleitoral, Guzzo comenta a cassação do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e diz que o TSE pode “suprimir os direitos políticos de alguém que já terminou o mandato e não está disputando nada”.
“O processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro não é um processo, nem tem alguma coisa a ver com a lei, ou com a noção de que todo cidadão é inocente até o acusador provar a sua culpa. É um ato de repressão política em estado bruto”, escreve o colunista.
Guzzo fala também que “os que mandam no Brasil de hoje” não querem que o ex-presidente dispute nenhuma eleição por medo de que ele possa ganhar.
“Bolsonaro pode ter sido um mau presidente; pode ter sido o pior presidente que o Brasil já teve. Mas isso não lhe tira os direitos que a Constituição garante para qualquer cidadão deste país – a começar pelo direito de ter as suas próprias opiniões políticas. Ele não fez nada contra a lei. O seu crime é ser de direita, pois o entendimento do alto Poder Judiciário, no Brasil de hoje, é que ser de direita é ilegal”, diz trecho do artigo.