Organização anunciou se voltou contra o governo de Vladimir Putin
O Grupo Wagner, empresa privada paramilitar que se rebelou contra o governo russo, ganhou destaque na imprensa desde a sexta-feira 23, quando acusou o ministro da Defesa de Vladimir Putin de atacar seus combatentes.
Há informações sobre a origem do grupo, em 2014, e sobre seu fundador e atuais dirigentes. Mas o motivo do nome ainda é uma conjectura. Especializada em política internacional, a revista Foreign Policy afirma que o nome pode ser uma referência ao compositor alemão Richard Wagner (1813-1883), o favorito de Adolf Hitler.
“O nome Wagner teria sido o nome de guerra de um dos primeiros comandantes do grupo, Dmitry Utkin, um ex-tenente-coronel do serviço de inteligência militar russo, o GRU”, afirma a revista. “Utkin teria se apaixonado pela Alemanha nazista.” E por isso adotou o nome do compositor alemão.
Utkin foi visto em público pela última vez em 2016, depois de ser fotografado em uma cerimônia no Kremlin para homenagear militares e civis, segundo a Foreign Policy.
Agências internacionais e veículos de televisão como a norte-americana ABC também têm relacionado o nome do grupo paramilitar que ameaça o governo de Putin ao compositor alemão.
Utkin fundou o Wagner ao lado de Yevgeny Prigozhin em 2014. A primeira participação deles em combate ocorreu ainda naquele ano, na anexação da Crimeia pela Rússia. Hoje, o grupo tem mais de 20 mil homens, segundo estimativas de especialistas em geopolítica.
Na sexta-feira, Prigojin acusou o Exército de Putin de bombardear um acampamento com seus combatentes e anunciou uma rebelião armada.