O senador acusa Alexandre de Moraes de escolher o dia do seu aniversário para o cumprimento dos mandados
Nesta segunda-feira (19), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) fez uma declaração no Plenário do Senado Federal revelando detalhes da ação da Polícia Federal realizada contra ele por autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar se explicou, falou que é vítima de perseguição por parte do ministro, leu as mensagens trocadas entre eles e reclamou da forma como foi envolvido na investigação dos atos do dia 8 de janeiro.
Em parte do seu depoimento, do Val fala sobre o seu casamento com Brunella Poltronier Miguez, revelando que, após a operação da PF, ela pediu o divórcio.
“Quase que naquele dia minha esposa saiu de casa. Ela me pediu o divórcio naquela quinta-feira e eu falei: “Bru, você não vai me deixar neste momento, porque se não você vai dar vitória para essas pessoas que têm o mal como prioridade, que têm prazer de ver o sofrimento alheio””.
Do Val apresentou várias provas de que ele não tinha intenção alguma de aplicar um golpe de Estado, acusou Moraes de persegui-lo e de buscar os documentos que ele juntou como prova sobre os verdadeiros culpados pelos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes.
“Essa operação foi deixada para fazer no dia do meu aniversário, 15 de junho, e fontes me disseram que foi uma insistência do ministro Alexandre de Moraes para que a ação fosse nesse dia”, declarou.