Lula, na coletiva ao lado do prefeito de Aaraquara, Edinho Silva | Foto: Reprodução/YouTube
Um requerimento apresentado pela oposição à mesa de comando da CPMI do 8 de Janeiro alvoroçou o grupo do senador Randolfe Rodrigues (AP). A oposição queria dados sobre a viagem do presidente Lula à cidade de Araraquara, no interior paulista, no dia dos ataques em Brasília.
Basicamente, quem estava nos voos com o presidente e a quebra dos sigilos telefônicos dos seus seguranças, o que permitiria saber o grau de informação que ele tinha — e desde quando tinha — sobre o que estava acontecendo.
Enquanto a oposição forçava a aprovação do requerimento na sessão de terça-feira 13, por exemplo, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), um dos soldados do ministro Flávio Dino na CPI, dizia que o motivo da viagem era porque “o Brasil agora tem um presidente que tem sensibilidade com vítimas”. Paralelamente, o staff do governo trabalhava nos bastidores da sala da CPI, com dezenas de assessores. Um deles disse em bom tom: isso não vai passar de jeito nenhum.
Outra briga do governo é para controlar imagens e informações sobre acesso ao Ministério da Justiça naquele dia. A oposição sustenta que Dino não só acompanhou do seu gabinete como deu as cartas sobre o esquema de proteção aos prédios públicos — o chamado “deixa acontecer”, como afirmam os parlamentares de oposição.
Essa, aliás, é uma das perguntas ao ex-chefe do GSI general Gonçalves Dias, que tem sido blindado na CPI: o teor das conversas que teve com Lula naquele dia.