No dia em que a Câmara dos Deputados votou o arcabouço fiscal do Governo do ex-presidiário Lula (PT), pauta que o presidente da casa, o experiente Arthur Lira (PP-AL) dava como perdida, o petista liberou aproximadamente R$ 1,1 bilhão em emendas parlamentares.
Os dados são do Siga Brasil, painel que está vinculado ao Senado Federal e, segundo a plataforma, os valores foram empenhados na terça-feira (23), sendo R$ 800 milhões para deputados e outros R$ 288,4 mi para senadores. Quase tudo em emendas individuais.
Outros R$ 700 mil foram repassados para bancadas estaduais.
O novo aporte, por sinal, somado ao que o ex-condenado da Lava Jato já tinha distribuído somam R$ 2,9 bilhões desde o início do seu governo.
Os partidos mais beneficiados foram o PT, MDB, PSD e União Brasil, todos da base governista, e a maior parte às custas do Ministério da Saúde, responsável por 99% das emendas.
Segundo informações de bastidores, no descontraído ambiente do cafezinho da Câmara, o deputado Igor Timo (Podemos-MG), vice-líder do governo, comentou em tom de deboche, enquanto gargalhava: “Pelo Brasil, né?”
A situação, entretanto, não é novidade, pois a emendas parlamentares são utilizadas sempre que o Governo necessita de apoio para aprovar pautas no Congresso Nacional.
O Orçamento previsto para esse tipo de verba, só em 2023, é R$ 36,5 bilhões. As que já foram liberadas deverão ser pagas até o final do ano.
No final do “acordo”, votaram a favor do arcabouço 372 deputados, 108 foram contrários e houve uma abstenção. O projeto precisava apenas de 257 votos favoráveis.
Mas como disse Timo, é pelo Brasil… mas curiosamente, para a velha mídia, já não é mais ‘orçamento secreto’ e nem imoral!