Justiça atendo o PSOL e proíbe Tarcísio de mudar nome de metrô ‘Paulo Freire’

Decisão atende a pedido de deputada estadual do Psol

Na quarta-feira 24, a 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a mudança de nome da futura estação da linha 2-verde, “Paulo Freire”, para o nome do bandeirante “Fernão Dias”. O metrô de São Paulo, administrado pelo governo estadual, mudou o nome da estação depois que Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) assumiu como governador.

A desembargadora Maria Fernanda de Toledo Rodovalho acatou o pedido da deputada estadual Ediane Maria (PSOL), que questionou a alteração.

A princípio, o pedido de Ediane foi indeferido pela Justiça. Mas ela seguiu contra a mudança do nome, alegando que é ilegal homenagear uma figura histórica que seria ligada à exploração escravocrata negra e indígena. Ela também alegou falta de transparência na medida.

“Não se trata aqui de sopesar a importância dos bandeirantes à luz do revisionismo histórico”, sustentou a desembargadora Maria Fernanda. “Mas de enfatizar que, além da localização da estação ser na Avenida Educador Paulo Freire, o nome homenageado, Paulo Freire, serve de reforço à ideia do papel integrador da educação, o papel primordial e revolucionário na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.”

57% preferiam Fernão Dias, e 29% querem Paulo Freire

Quando a mudança do nome da estação foi anunciada, o metrô de São Paulo afirmou que fez uma pesquisa com moradores e que 57% deles preferiram “Fernão Dias”. Apenas 29% escolheram “Paulo Freire”.

A desembargadora duvidou da pesquisa. Nas redes sociais, a deputada estadual Ediane Maria celebrou a vitória: “Fernão Dias não!”, disse a parlamentar.

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