O presidente da Câmara está ‘desesperado’ com a possibilidade de a proposta não ser aprovada
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), saiu em defesa do Projeto de Lei (PL) da Censura em um grupo de WhatsApp com líderes da Casa. Na segunda-feira 1°, Lira criticou no grupo algumas publicações que o deputado federal Mário Frias (PL-SP) fez contra a proposta.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) saiu em defesa do colega de Parlamento. Na avaliação dos líderes, Lira está se desgastando com seus aliados ao brigar com unhas e dentes pelo PL da Censura.
Lira ainda discutiu com Mendonça Filho (União Brasl-PE) sobre o mesmo tema. Depois da confusão, o presidente da Câmara saiu do grupo. a Revista Oeste ouviu de um dos parlamentares, que estava envolvido com a troca de farpas, que Lira está “desesperado” com a possibilidade de o projeto não ser aprovado nesta terça-feira, 2.
“Lira sabe que a proposta não terá votos suficientes para aprovar”, contou o deputado. O presidente da Câmara convocou para hoje uma reunião com líderes partidários antes da sessão para decidir se a votação será adiada.
Lira tenta chegar a uma margem de votos mínima para aprovar a proposta. O deputado alagoano pretende adiar a votação, se concluir que o encontro com os líderes partidários não surtiu efeito.
A preocupação do presidente da Casa com a proposta aumentou nos últimos dias —principalmente depois que o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, orientou o partido a votar contra o PL da Censura.
A Frente Parlamentar Evangélica também se posicionou contra a proposta. A bancada ainda foi além e fez um trabalho de bastidor, articulando com diversos deputados a mobilização de uma base forte contra a proposta.
Segundo interlocutores, a Frente Evangélica já conseguiu o apoio de 257 deputados. Caso esse número seja confirmado, o PL da Censura pode não ser aprovado. O governo precisa de maioria simples na Câmara — 257 votos de 513 deputados.
Contudo, com os números angariados pela FPE, restariam apenas 256 votos para o governo petista — um a menos do que o necessário para a aprovação.