“A esquerda queria o 8 de janeiro para instaurar uma ditadura”

Matéria da Revista Oeste questiona o pavor da esquerda na elucidação do 8 de janeiro

O site da Revista Oeste publicou nesta quinta-feira (20) uma matéria elucidando os últimos acontecimentos no cenário político brasileiro, mais especificamente na conduta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante do famigerado 8 de janeiro, onde prédios dos Três Poderes sofreram as ações de manifestantes, que invadiram e depredaram.

Intitulado A esquerda queria o 8 de janeiro para instaurar uma ditadura, o texto questiona “se foi uma ‘milícia bolsonarista antidemocrática golpista de extrema direita’ que perpetrou os atos do 8 de janeiro, por que é que a própria direita está desesperada para investigar o caso?”.

“E por que a esquerda prefere esquecê-lo, se, supostamente, poderia provar aos sete mares que seus adversários são perigosíssimos “fascistas” que precisam ser presos e apagados da vida pública”, indagou.

A publicação cita uma pergunta inquietante, feita pelo jornalista Glenn Greenwald, “com nítida preferência pela esquerda”, já que seu marido, David Miranda, era deputado pelo Psol.

“Greenwald parece indicar a resposta perfeita à pergunta que incomoda o Brasil: por que a esquerda permitiu o 8 de janeiro de 2023? E por que agora teme investigá-lo?”

A reportagem, assinada por Flávio Morgenstern, afirma que “algo que era impensável na época do regime militar, hoje é tratado com extrema naturalidade pela mídia: quebras de sigilo, buscas e apreensões e diversos mecanismos para que políticos e burocratas tenham acesso à privacidade completa das pessoas. Inclusive jornalistas”.

Ele expõe sua visão sobre a conduta praticada pela imprensa brasileira, que em vez de brigar pela liberdade dos indivíduos diante de um cenário de autoritarismo patente, “tornou-se comparsa” e patrocina o cerceamento dos direitos em nome de um objetivo ideológico, político.

A matéria também menciona o Poder Judiciário e o mal uso da letra penal a fim de perseguir divergentes.

“Basta agora chamar empresários que mandam um emoji no WhatsApp de “golpistas” e voilà! Virou inimigo do regime. Juristas brasileiros preocupam-se com o uso e abuso do Direito Penal do Inimigo para perseguir meros discordantes”.

“Depois foi a vez do TSE desmonetizar canais (o que não cabe em suas funções constitucionais). Em plenas eleições, aumentou os próprios poderes e admitiu praticar “censura prévia”, mas mesmo assim censurou um documentário que nem estava pronto (“Quem mandou matar Bolsonaro”, da Brasil Paralelo), enquanto um “documentário” afirmando que a facada em Bolsonaro seria “farsa” – da esquerda – rodava a internet livre, leve e solto”, observou.

O texto evidencia a estratégia utilizada pela esquerda para neutralizar o adversário político, naquilo que chamou de “concretização da ditadura suprema”.

“Basta chamar seus inimigos de “antidemocráticos” e destruir todo o Estado de Direito. Se a direita tivesse realizado 10% disso, a ONU já teria pedido uma intervenção militar”, ressaltou.

E encerra, mais uma vez, criticando a postura da mídia que, segundo o jornalista, atua como braço desse “establishment” e serve como ferramenta fundamental na disseminação de uma verdade fabricada em prol da narrativa encomendada.

“E a mídia estará o tempo todo repetindo sobre a necessidade de punir golpistas, prender extremistas, justificando inquéritos contra as “milícias digitais” e outros nomes exagerados para caminhoneiros e cozinheiras. Todo poder absoluto surge quando se enfrenta uma ameaça absoluta. O melhor de tudo é quando essa ameaça é, afinal, apenas uma narrativa para viver em constante estado de exceção — e podendo punir seus adversários políticos como se fossem nazistas”, concluiu.

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