Marinho vê como ‘totalitária’ e ‘ditatorial’ a tentativa do governo de comandar CPMI

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) declarou que a gestão pretende ficar com a presidência e a relatoria da comissão

O líder da oposição, o senador Rogério Marinho (PL-RN), disse que a tentativa do governo de comandar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro é totalitária e ditatorial.

“Isso é típico da esquerda brasileira”, contou Marinho a Revista Oeste nesta quinta-feira, 20. “Eles passaram todos esses meses resistindo à abertura da CPMI e, no momento em que eles enxergam que não vão conseguir impedir a sua instalação, querem controlar a investigação de uma forma absolutamente antidemocrática.”

Nesta tarde, o vice-líder do governo, deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), declarou que a gestão petista almeja a presidência e a relatoria do colegiado.

Segundo Lindbergh, o PT pretende acionar a Justiça para impedir a participação do deputado federal André Fernandes (PL-CE), autor da CPMI, na comissão. A Revista Oeste, no entanto, Lindbergh disse que não pretende assinar o requerimento.

“Essa história de que o autor do pedido de CPMI vira presidente ou relator só acontece quando há acordo”, explicou o petista. “Nós nunca aceitaríamos que o Fernandes, que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal por sua participação no 8 de janeiro, participasse da CPMI.”

O vice-líder do governo explicou que o governo tem a maioria nos blocos partidários e que vai selecionar “os melhores” parlamentares para integrar o colegiado. “Essa CPMI vai ser um tiro no pé dos bolsonaristas”, declarou. “Eles não vão conseguir mudar com a falsa narrativa de que foram as bases bolsonaristas que atuaram no 8 de janeiro.”

Para Marinho, as ações do governo não vão impedir os rumos da investigação no Parlamento. “Não acredito que as manobras do governo vão impedir a investigação de quem depredou e barbarizou os prédios públicos e daqueles que permitiram tudo isso”, contou. “A sociedade precisa de respostas. Esse vídeo do ex-ministro Gonçalves Dias mostra que existem circunstâncias que não foram esclarecidas.”

Fonte: Revista Oeste

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