Nesta quinta-feira (13), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump prometeu “restaurar” a Justiça no país e “pôr um fim ao uso corrupto” dela por “promotores marxistas”, se voltar à Casa Branca nas eleições de 2024.
Em um vídeo divulgado por seu gabinete de campanha presidencial, Trump prometeu nomear 100 promotores federais que ele classificou como os “mais ferozes guerreiros legais contra o crime e a corrupção comunista que este país já viu”.
“Eles serão o oposto dos promotores distritais de Soros e outros que estão sendo nomeados em todos os Estados Unidos”, acrescentou o ex-presidente.
A fala foi em referência ao megainvestidor George Soros, a quem Trump acusou de estar ligado ao promotor Alvin Bragg, do Ministério Público de Manhattan.
Há pouco mais de uma semana, Bragg acusou Trump de 34 crimes de falsificação de registros comerciais como parte de manobras para ocultar supostos subornos à ex-atriz pornô Stormy Daniels – com quem o ex-presidente teria tido uma relação extraconjugal – na campanha presidencial de 2016. Trump nega as acusações.
“Não há ameaça mais grave ao modo de vida americano do que a corrupção e o uso de nosso sistema de justiça como uma arma, e isso está acontecendo ao nosso redor”, diz Trump no vídeo.
Ele acrescentou que fará “amplas investigações sobre os direitos civis dos promotores distritais marxistas locais”.
Trump ressaltou que, em cidades como Chicago, San Francisco, Los Angeles – onde o Partido Democrata, do presidente Joe Biden, tem maioria – “as promotorias deveriam receber intimações federais para que seus funcionários, seus e-mails e seus registros sejam pesquisados, a fim de determinar se violaram de forma flagrante a lei federal de direitos civis”.
O ex-presidente, que vive na Flórida desde que deixou a Presidência, prometeu “investigar a detenção de conservadores e cristãos pelas autoridades federais” e “proteger o direito à autodefesa, que está sob cerco em todo o país”.
O vídeo foi divulgado no mesmo dia em que Trump se apresentou novamente à procuradora-geral do Estado de Nova Iorque, Letitia James, que acusa o político e empresário, assim como a empresa dele e três de seus filhos, de manipular fraudulentamente o valor dos bens da empresa familiar ao longo dos anos para solicitar empréstimos vantajosos e isenções fiscais.