Sobre o futuro do celular, Cooper acredita que os aparelhos, que atualmente são uma “extensão” das pessoas, continuarão a melhorar as nossas vidas
Martin Cooper é o engenheiro norte-americano conhecido como “pai do telefone celular”. Em entrevista à Agence France-Presse, ele disse que o dispositivo tem um potencial “quase ilimitado”, mas pode tornar as pessoas viciadas.
Fico arrasado quando vejo alguém atravessando a rua e olhando para o celular. Eles estão loucos. Mas depois que algumas pessoas forem atropeladas por carros, elas descobrirão.
Cooper, que tem um iPhone, disse que seu principal uso do aparelho é para falar com as pessoas. Ele afirmou que o aparelho da Apple certamente é muito diferente do bloco de fios e circuitos que usou para fazer a primeira chamada de celular em 3 de abril de 1973.
No final de 1972, Cooper começou a liderar uma equipe de designers e engenheiros para criar o primeiro dispositivo de telefonia que pudesse ser usado em qualquer lugar. Ele reuniu especialistas em semicondutores, transistores, filtros e antenas que trabalharam no projeto durante três meses.
Em março de 1973, eles revelaram o telefone DynaTAC — Dynamic Adaptive Total Area Coverage.
Este telefone pesava mais de um quilo, cerca de dois quilos e meio, e tinha uma duração de bateria de aproximadamente 25 minutos de conversação. Isso não foi um problema. Este telefone era tão pesado que não dava para segurá-lo por 25 minutos.
Sobre o futuro do celular, Cooper acredita que os aparelhos, que atualmente são uma “extensão” das pessoas, continuarão a melhorar as nossas vidas.
Para ele, os smartphones serão conectados a uma série de sensores corporais que detectarão doenças antes que elas se desenvolvam.
No futuro, podemos esperar que o celular revolucione a educação, revolucione a saúde. Sei que parece exagero, mas quero que saibam que em uma ou duas gerações venceremos as doenças.