Jornalista esquerdista diz que conservadores não sabem o que é comunismo

“Comunismo é ameaça para 44%, mesmo que não saibam o que é isso”, disse Sakamoto

O jornalista Leonardo Sakamoto, colunista do site UOL, publicou um artigo neste domingo (19) comentando uma pesquisa do Ipec sobre um percentual de brasileiros que temem a iminência do comunismo no país.

No título da publicação, Sakamoto ironiza a ala conservadora: “Comunismo é ameaça para 44%, diz Ipec, mesmo que não saibam o que é isso.”

No início do texto, o jornalista desqualifica o resultado da amostra.

“O fascinante é que muitas dessas pessoas não fazem ideia do que seja o comunismo, repetindo chavões ensinados por lideranças da extrema direita, que usam o termo para identificar e controlar seu rebanho.”

E segue sua crônica dedicado a provar o quão indouta é esta parcela da pesquisa, supondo que as pessoas desaprovam a ideia comunista por ignorância.

“A esmagadora maioria é formada de pessoas que “aprenderam” que comunismo é algo ruim mesmo sem saber o que ele é.”

No parágrafo seguinte, ele deixa ainda mais evidente o prejulgamento e sugere que conservadores são alienados socialmente.

“Caso as pessoas soubessem História e estivessem atentas ao que se passa à sua volta, buscando saber as manifestações do comunismo no Brasil e no redor do mundo, poderiam, inclusive, criticá-lo de forma mais embasada.”

Ele também ataca o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que “a gente passou muita vergonha internacional nos últimos quatro anos”.

“Ouviram de seus “mentores” que comunismo é um tipo de “governo”, formado por “vagabundos que não gostavam de trabalhar”, que ajuda a “perverter sexualmente” as “pessoas de bem” e a “destruir as famílias”, controlado por “bilionários pedófilos” e “atores de Hollywood” que tentam “vacinar os cidadãos com chips 5G” a fim de controlar seus pensamentos. O excesso de aspas não é proposital, apenas triste.”

O jornalista continua o seu controverso artigo.

“Visto como delírio por quem é bem informado, inclusive pelos poucos que defendem um Brasil comunista, a “ameaça fantasma” é uma excelente forma de gerar medo e manter o público engajado.”

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