No primeiro ano, Bolsonaro concedeu 13º do Bolsa Família, e Lula decidiu que não haverá pagamento extra

Decisão do governo frustra eleitores do presidente que são beneficiários do programa

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social comunicou, nesta sexta-feira (3), que o novo Bolsa Família não terá o 13º pagamento. A informação foi transmitida pela secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo, à imprensa, em Brasília (DF).

“Na verdade, o 13º só foi pago em um ano, muito mais como uma promessa de campanha. O Bolsa Família, conceitualmente, é um programa assistencial, de complemento à renda de trabalho, e não se adequa à vinculação com o 13º salário”, disse Letícia.

Bolsonaro assininou MP que concedeu 13º pagamento do Bolsa Família

Promessa de campanha eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro assinou no dia 15 de novembro de 2019, a medida provisória (MP) que oficializou o pagamento da 13ª parcela do Bolsa Família a todos os beneficiários do programa. O adicional foi pago em cerca de 60 dias, junto com o benefício de dezembro, e totalizou uma injeção extra de R$ 2,58 bilhões na economia.

“Nós sabemos que pode ser até pouco para quem recebe, mas pelo que eles têm, é muito bem-vindo esse recurso”, afirmou o então presidente em um breve discurso na cerimônia de assinatura da MP, no Palácio do Planalto. Segundo Bolsonaro, a ideia de ampliar o número de parcelas pagas pelo Bolsa Família surgiu durante a campanha eleitoral, quando começaram a circular boatos de que ele acabaria com o programa, caso fosse eleito.

“Uma iniciativa bastante desesperada da oposição, que começou a pregar, em todo o Brasil, em especial no Nordeste, que nós acabaríamos com o programa Bolsa Família. Então, para mostrarmos que nós não estávamos contra esse programa, e queríamos ajudar os pobres mesmo sabendo que o bom programa social é aquele que sai mais gente do que entra”, acrescentou.

Por Gleyson Araújo | Portal Cidade News

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