Segundo o corregedor-geral da Corte, Benedito Gonçalves, a liberação ocorre porque houve ‘retomada da normalidade’ no país
O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, decidiu restabelecer a monetização de 11 canais de direita no YouTube. A decisão desta sexta-feira, 3, prevê que os valores seguirão retidos e “à disposição do juízo, até posterior deliberação”.
Isso significa que os donos dos canais poderão solicitar às plataformas o dinheiro conquistado por meio da audiência. Mas o acesso à verba não é imediato. A lista de canais inclui Terça Livre, Oswaldo Eustáquio, Bárbara Destefani, Vlog do Lisboa e Jornal da Cidade On Line.
Conforme Benedito Gonçalves, a revogação dos bloqueios se justifica pela aparente “retomada do estado de normalidade no país”.
“Sendo este o retrato do momento, que, sabe-se, somente será mantido com constante vigilância e atuação efetiva sobre focos antidemocráticos, torna-se possível revogar a medida cautelar, especificamente para liberar o uso de ferramentas de monetização, conforme regras de cada plataforma, pelos perfis e canais objeto de investigação”, escreveu.
Ainda de acordo com o ministro, a liberação dos ganhos financeiros dos perfis não permite a divulgação de notícias supostamente falsas. Benedito Gonçalves argumenta, por exemplo, que os influenciadores devem se abster de divulgar fake news sobre o resultado das eleições do ano passado.
O corregedor-geral do TSE também afirma que a desmonetização dos canais de direita “que se dedicavam à divulgação de conteúdos falsos sobre as urnas eletrônicas” tinha o objetivo de “desestimular a prática de condutas que poderiam influenciar indevidamente o resultado das eleições de 2022”.