Alexandre Silveira criticou isenção tributária promovida no governo Bolsonaro
Ao anunciar a volta de impostos sobre os combustíveis, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou a isenção de tributos como uma “distorção eleitoreira”. A declaração foi dada na terça-feira 28.
Segundo o ministro, a política do governo Lula busca corrigir uma distorção causada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em março do ano passado, o então presidente zerou a cobrança de PIS e Cofins sobre combustíveis.
De acordo com Silveira, a isenção tributária teria favorecido a distribuição de dividendos de grandes petroleiras, além de ter retirado dinheiro para investimento em programas sociais.
“O que estamos fazendo hoje é corrigir uma distorção, uma medida eleitoreira que criou um mecanismo contra a população, um mecanismo tributário para financiar acionistas de grandes petroleiras”, criticou Silveira. “Tirou dinheiro da educação, de moradia, do combate à fome e à miséria para financiar esses anúncios cada vez maiores de distribuição de dividendos de grandes petroleiras.”
A decisão tinha como validade 31 de dezembro de 2022, mas foi prorrogada por mais dois meses pelo presidente Lula, em seu primeiro dia de mandato. O diesel e o gás de cozinha seguem sem tributação até o fim do ano, de acordo com medida provisória assinada pelo petista.