Governo dos EUA proíbe uso do TikTok

A medida foi adotada por Canadá, Comissão Europeia e outros Estados norte-americanos

O governo dos Estados Unidos (EUA) deu 30 dias de prazo para os funcionários de todas as agências federais desinstalarem o aplicativo TikTok, conhecido pelos vídeos curtos e popular entre os adolescentes. A medida é semelhante às adotadas por Canadá, Comissão Europeia e por mais da metade dos Estados norte-americanos.

Shalanda Young, diretora do Departamento de Administração e Orçamento da Casa Branca, fez o pedido às agências federais, para “removerem e proibirem instalações” do aplicativo chinês e “proibirem o tráfego de internet” dos dispositivos governamentais no TikTok.

Os republicanos querem pautar um projeto de lei que dará ao presidente Joe Biden o poder de banir o TikTok dos EUA. A legislação, proposta pelo congressista Mike McCaul, visa a contornar desafios que o governo poderia enfrentar na Justiça caso avance com sanções contra a empresa.

Em dezembro de 2022, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que proíbe o TikTok nos dispositivos do governo, devido a supostas ameaças à segurança nacional. A chinesa ByteDance, proprietária do aplicativo, nega qualquer ingerência de Pequim.

Em reação à decisão, a China afirmou que os EUA estão exagerando e abusando do poder do Estado para inibir empresas estrangeiras. “Somos firmemente contra essas ações equivocadas”, disse um porta-voz do Ministério do Exterior chinês.

No começo de fevereiro, a parlamentar britânica Alicia Kearns pediu aos os ingleses para excluírem o aplicativo dos celulares, pois há fortes evidências de que o aplicativo chinês está coletando informações e dados de usuários do Reino Unido para fins de Inteligência.

Dias depois, a União Europeia decidiu proibir o uso do aplicativo nos telefones corporativos e nos telefones pessoais de funcionários da União Europeia, além de equipamentos registrados nos sistemas da UE.

Na manhã da quinta-feira, 23, um e-mail com a instrução foi enviado a todos que trabalham para a Comissão Europeia. A informação foi confirmada por Thierry Breton, diretor de Mercado Interno da comissão.

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